Formação em Terapia de Casal e Família

Programa do curso de Formação em Terapia de Casal e Família:

Os conteúdos do programa de Formação em Terapia de Casal e Família serão trabalhados de forma a respeitar o processo de construção e reconstrução do significado de cada grupo podendo, portanto, serem apresentados em sequências variadas.

  • Temas centrais abordados para desenvolver a escuta e a empatia.
  • Versões múltiplas do mundo: saindo do uni-verso para o multi-verso. Estudo de casos a partir da vivência dos alunos.
  • Auto-referência e ressonâncias: condições inerentes à experiência humana.
  • O olhar histórico da Terapia familiar e a concepção da trigeracionalidade.
  • Do foco no intrapsíquico para o foco no interpsíquico. A luz no relacional e no sistêmico.
  • Construcionismo Social, processos reflexivos, abordagens narrativas e a construção, desconstrução e reconstrução do significado.

Formato do curso de Formação em Terapia de Casal e Família:

Com duração de 3 (três) anos e carga horária de 4 horas/aula por semana, o curso de  Formação em Terapia de Casal e Família é dirigido a profissionais das áreas de humanas, saúde e educação interessados ou envolvidos no trabalho com famílias. Horário de sextas-feiras das 08:00 às 12:00.

Ao longo dos 3 anos são realizados 2 seminários anuais, totalizando 88 horas de seminários teórico-clínicos e genograma (trabalho com a história da família de origem do terapeuta), geralmente aos sábados. A carga horária total é de 624 horas, sendo aulas teóricas, seminários, atendimento e interlocução clínica ao vivo, genograma, vivências e pesquisa.

Metodologia do curso de Formação em Terapia de Casal e Família:

A metodologia do curso de Formação em Terapia de Casal e Família, tem foco na pessoa do terapeuta, ao longo de toda a sua formação, trabalhamos a dinâmica do grupo procurando estabelecer pontes entre a teoria e a experiência pessoal e clínica de cada um.

Utilizamos como disparadores aulas teóricas, seminários preparados pelos alunos, filmes, role-playings, simuladas , oficinas genogramas, supervisões simultâneas em sala com espelho unidirecional e equipe reflexiva.

Programação:

O que desejamos:

Ultrapassar o pensamento focado no indivíduo e em processos intrapsíquicos, incluindo o olhar para o contexto e as relações a partir da autorreferência. Conhecer o processo histórico de construção desta abordagem e algumas de suas práticas e conceitos inaugurais. Compreender a família como um sistema de relações, desmistificando a família vivida como referência para todas as famílias.

Conquistar a percepção de que cada um de nós constrói a realidade a partir de si mesmo, da maneira como vê o mundo e das relações em que está inserido. Construir a idéia de processos de mudança ao longo do ciclo vital e de individuação através das relações.

Principais temas a serem trabalhados:

  1. A ciência contemporânea emergente: da simplicidade à complexidade.
  2. Tudo é dito por um observador.
  3. Introdução à visão sistêmica: histórico e fundamentação teórica; Teoria Geral dos Sistemas; a família como sistema; morfogênese e morfoestase.
  4. Circularidade, espiral dialética e a retro-alimentação evolutiva: regras, padrões e a noção de função.
  5. Diferentes escolas da Terapia Familiar.
  6. Comunicação.
  7. O ciclo vital da família.
  8. Início dos genogramas.

O que desejamos:

Refletir sobre a importância dos processos comunicacionais para a construção e o desenrolar das relações. Permitir aos alunos a percepção de suas ressonâncias em situações de observação, vivência grupal e atendimento clínico. Contribuir para que o aluno identifique e trabalhe com suas “portas de entrada” nas situações grupais e nas situações clínicas, apropriando-se de sua história familiar em sua construção de mundo.

Amadurecer o lugar de terapeuta,seja como terapeuta de campo seja como membro da equipe reflexiva. Aprender a refletir a partir das narrativas das famílias, formulando perguntas que possam ampliar as experiências daquele encontro. Consolidar as experiências dentro de uma ética relacional horizontal, com uma visão colaborativa do lugar do Terapeuta. Desenvolver a arte de construir pontes com a família que permitam revisitar sua história e gerar novos significados ampliadores de possibilidades relacionais criando talvez um novo sentido e uma nova narrativa.

Principais temas a serem trabalhados:

  1. Continuação dos genogramas dos alunos.
  2. O lugar do Terapeuta, encontro clínico e a dinâmica grupal.
  3. O sistema de crenças na família: missões, legados e mitos familiares.
  4. Auto-referência e duplo vínculo recíproco
.
  5. Os segredos na família.
  6. Mitos familiares e processos de diferenciação na família.
  7. Sistema de lealdades na família.
  8. Metáfora e objeto metafórico na terapia: o sintoma como porta de entrada.
  9. Questionamento circular e redefinição de contexto.
  10. O processo de luto na família.
  11. Como falar com as crianças?
  12. Como compreender a linguagem que constrói com sua brincadeira?
  13. A rede social como contexto: ampliação do sistema terapêutico.

O que desejamos:

Amadurecer a experiências clínicas com ênfase no atendimento aos casais. Desenvolver as possibilidades do aluno–terapeuta de acolher as narrativas do casal e da família nas circunstâncias singulares de cada experiência com uma escuta especial e respeitosa e ao mesmo tempo ouvir suas vozes internas, e sua história para que, integrando essas experiências, possa cada vez mais apropriar-se de seu lugar de Terapeuta como um colaborador do casal ou família em direção ao caminho de respeito e legitimidade de todas as individualidades envolvidas. Desenvolver uma intimidade maior com a linguagem do encontro terapêutico em suas múltiplas realidades. Observar as diferentes etapas e necessidades do ciclo vital de cada família. Vivenciar os diferentes caminhos clínicos nascidos das ressonâncias das diferentes famílias com diferentes terapeutas dentro do grupo de aprendizado.

Consolidar a valorização das ressonâncias como caminho para a clínica ao conectar todo sistema terapêutico: instituição, famílias e terapeutas. Consolidar a vivência de construção conjunta de múltiplas realidades.

Principais temas a serem trabalhados:

  1. Continuação dos genogramas dos alunos.
  2. Ênfase nas reflexões clínicas e na dinâmica grupal, nas portas de entrada, nas ressonâncias, nas vozes internas e no lugar do Terapeuta no encontro clínico.
  3. O sintoma como narrativa e porta de entrada.
  4. O casal e a transgeracionalidade.
  5. O casal limites do encontro e da autonomia.
  6. O casal e o sistema de lealdades.
  7. Segredos dos casais e mitos conjugais.
  8. O casal da pós-modernidade.
  9. Transições da família e do casal: continuidade e mudanças no ciclo de vida.
  10. A família e o casal e as questões jurídicas: violência, poder e controle.

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